quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estudando TGA - O papel do administrador

O administrador tem um papel complexo, de características funcionais e culturais dentro das organizações, e esse tipo de abordagem será devidamente analisado mais adiante. De início, precisamos saber identificar as habilidades e competências básicas de um bom administrador.

Habilidades

As habilidades do líder foram divididas, para efeitos didáticos, em três, que se aplicam com mais e menos intensidade de acordo com os parâmetros estruturais da empresa, conforme a figura:



As habilidades conceituais são mais exigidas no nível da cúpula administrativa, e possibiitam ao administrador a abstração de ideias, para fixar metas, estabelecer conceitos e antever situações. É a habilidade necessária para enxergar o "todo" da empresa, e compara-se a um passeio de helicóptero, onde se pode ver toda a cidade, e observar aspectos antes não percebidos. Por outro lado, assim como do helicóptero fica mais difícil enxergar detalhes, as habiidades mais técnicas, referentes às peculiaridades da organização, são menos exigidas.

As habilidades humanas são requeridas na administração da alta cúpula, mas não com tanta intensidade quanto no nível intermediário da hierarquia da empresa. Cabe aos profissionais aí alocados, ser um canal de comunicação entre os níveis conceitual e operacional, realizando um difícil e complexo trabalho de intermediação. Por isso, as habilidades humanas são tão importantes, pois elas possibilitam a cooperação e a comunicação, entre outras ações, para se alcançar o bem comum.

As habilidades técnicas são mais exigidas no nível operacional da empresa, e constitui metodologias de trabalho e aplicação mais específica à produção do bem ou à prestação dos serviços oferecidos pela empresa. Na verdade, as habilidades técnicas são a base de operação de toda organização.

Competências

Conhecimento - know-how, saber. É a competência básica, a teorização objetivando sedimentar os próximos passos.

Perspectiva - saber fazer, ou seja, saber aplicar o conhecimento à situação que se apresenta.

Atitude - saber fazer acontecer, proatividade, empreendedorismo, liderança e comunicação. é considerada por Chiavenato a competência mais importante para um administrador.

Estudando TGA - Um mundo organizado

Peter Drucker disse vivemos em uma sociedade de organizações.
A sociedade se apoia, desde as suas bases, em instituições organizacionais, sendo estas das mais diversificadas naturezas. Ninguém consegue viver sem as organizações. As pessoas nascem em hospitais, são educadas nas escolas, frequentam shoppings, supermercados, padarias e cinemas. Trabalham em indústrias, comércios e interagem de diversas maneiras com o mercado. Utilizam serviços de saúde, transporte, distribuição de energia e tratamento de água. Algumas trabalham em ONGs ou se filiam a partidos políticos. Algumas, são participantes em igrejas. E todas, assim como nasceram, quando morrerem estarão em organizações - os cemitérios. Não há escapatória. As organizações são característica intrísseca da atividade humana no planeta.
Mas a recíproca é verdadeira. Similarmente, as organizações também dependem das pessoas. Elas foram criadas por pessoas e para as pessoas, delas dependem para o seu funcionamento e para o seu sucesso. Sem as pessoas, não há motivo para a existência de organizações.
Pode-se, assim, falar de um sistema de dependência mútua.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Para entender... Filosofia Contemporânea

A Filosofia Contemporânea é contada a partir do século XIX até os dias de hoje. Seu contexto histórico é abrangente, e remonta à queda de Napoleão, às Guerras Mundiais, à Independência e República do Brasil, ao desenvolvimento acelerado da tecnologia e à globalização, entre outros tantos eventos mundiais importantes.

A ciência é tida como tema central dos debates filosóficos, com destaque para os efeitos sociais causados pelas mudanças das últimas décadas. Os ideais políticos revolucionários do século XIX deram lugar à desconfiança no século seguinte, e o mesmo aconteceu com a tese da maioridade da razão, contestada Marx, que revelou a fragilidade da mente humana frete às realidades de manipulação social. Dessa forma, novam,ente a Filosofia teve que abrir margem pra questionar a capacidade do humano de compreender a realidade em sua plenitude, de maneira livre de influências. Os principais campos de estudo da Filosofia Contemporânea são: Metafísica, Lógica, Ética, Política, História da Filosofia, Filosofia da Linguagem, Filosofia da História, Filosofia Estética, e com destaque a Epistemologia.

A definição da Filosofia Contemporânea acaba se tornando vaga e incompleta, pois ela ainda está em processo de formação. As expectativas futuras compreendem a estruturação de uma sociedade mais crítica, consciente de seu poder de transformação da realidade, do seu direito à vida e à expressão, ao acesso ao conhecimento e ao exercício da liberdade. Tal esperança nos foi herdada da experiência adquirida no longo caminho percorrido pela mãe de todas as ciências, a Filosofia.

Para entender... Filosofia Iluminista

Logicamente, a Filosofia Iluminista é assim chamada por causa do movimento social-político-ideológico francês de mesmo nome. Surgiu no século XVIII e permaneceu até o início do século seguinte. Os principais movimentos históricos, todos ligados ao Iluminismo, foram: Substituição do absolutismo pelo despotismo esclarecido, Revolução Francesa, Revolução Industrial, independência dos Estados Unidos, Inconfidência Mineira, consolidação do capitalismo industrial e surgimento do proletariado.

Foi um período em que buscava-se lutar contra o absolutismo e contra tudo o que limitasse a atuação humana. Priorizava as luzes da verdade, em detrimento às trevas da ignorância, e baseava seus princípios na razão, em vez de no empirismo. Direitos humanos, cultura, conhecimento e liberdade são valores altamente valorizados no Iluminismo e na sua Filosofia. Os filósofos acreditavam que a razão era a única forma de atingir o conhecimento, e as informações recolhidas pelos sentidos humanos eram a matéria prima para o trabalho de racionalização.


Voltaire e Rousseau
Os principais nomes ligados ao movimento são: Hume, Voltaire, D'Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling.

As suas grandes realizações foram o combate ao absolutismo e à influência castradora da igreja e das tradições, e a forte influência que exerceu sobre toda a sociedade mundial, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que gerou na humanidade a esperança de, por meio da razão e da ciência, alcançar a felicidade e a plenitude.

Para entender... Filosofia Moderna

A Filosofia Moderna tem esse nome porque buscou no "novo", na modernidade, a solução para superar de uma vez por todas as marcas do ceticismo deixadas pelos longo anos medievais. Influenciada pelo Grande Racionalismo Clássico, privilegiou as verdades factíveis da razão.

Descartes
Surgiu entre os séculos XVII e XVIII, época marcada pelo absolutismo, pelo desenvolvimento da literatura francesa, pelo aparecimento do estilo Barroco e pela fundação da física moderna.

As principais mudanças filosóficas se referem às mudanças teóricas do pensamento, para: 1) O homem como sujeito do conhecimento; 2) A representação intelectual das coisas exteriores como forma de estudo do objeto do conhecimento; e 3) As noções do sistema de causas e efeitos estabelecidos por Galileu, que deu origem a várias ramificações do pensamento moderno.

Seus principais representantes foram Francis Bacon, Descartes, Galileu,
Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, Malembranche, Loke, Berkley, Newton e Gassedi.

A grande contribuição filosófica desse período foi a racionalização dos ideais tecnológicos, humanos e políticos, e o reconhecimento da capacidade humana de absorver conhecimento a respeito de si mesmo e das coisas que o cercam.

Para entender... Filosofia da Renascença

Surgiu entre os séculos XV e XVI, numa época conhecida como Renascença, que influenciou não apenas a filosofia, mas seus ideiais foram determinantes também nas artes, na política e em toda a sociedade. Esse foi um período de transformação cultural na mentalidade da sociedade europeia, durante a passagem do feudalismo para o capitalismo mercantil, a ascensão da burguesia e o descobrimento de novos continentes, além das reformas religiosas (luteranismo, calvinismo, anglicanismo). 

Influência humanística na arte
Contrariamente às Filosofias Patrística e Medieval, a Filosofia da Renascença liberta-se do jugo da Igreja, baseando seus princípios na racionalização e na ciência. Outro diferencial é que passa da teologia para o antropocentrismo, focando no ser humano ao invés da espiritualidade por si só. Sendo assim, ocorre a revalorização da filosofia greco-romana. Revela-se, desta forma, uma filosofia revolucionária, por ser contra os poderes da Igreja e do Imperialismo.

Seus principais representantes foram Dante, Marcílio Ficino, Giordano Bruno, Campanella, Maquiavel, Montagne, Erasmo, Tomás Morus, Jean Bodin, Kapler e Nicolau de Cusa.

O principal legado da Filosofia da Renascença foi, sem dúvida, a libertação do pensamento filosófico da rédea religiosa, e a valorização do homem como sendo um microcosmo, ou seja, um pedaço do maravilhoso universo, com a mesma capacidade transformadora, por meio de sua criatividade e liberdade.

Para entender... Filosofia Escolástica

A Filosofia Escolástica tem esse nome por ter sido ensinada nas escolas fundadas por Carlos Magno. Também é chamada de Filosofia Medieval, por causa do seu contexto histórico, no período da idade média. Abrangeu os séculos de VIII a XV, e muita coisa aconteceu nesse período: o surgimento do feudalismo, as famosas cruzadas, o aparecimento das universidades, a guerra dos Cem Anos, o declínio do feudalismo e a formação das cidades livres, entre outros tantos marcos históricos da humanidade. Principalmente durante o feudalismo, a igreja era a maior detentora dos poderes da sociedade, e exercia-os de forma opressiva na sua atuação politica e estatal.

S. A. Magno
Escolástica era a filosofia ministradas nas escolas de catedrais e conventos, e posteriormente nas universidades. Seu objetivo maior continuou sendo compatibilizar a fé com a razão. Utilizava-se o método da disputa para debater o pensamento, no qual se discorria sobre uma tese fundamentando os argumentos em bases bíblicas ou filosóficas. Recebeu fortes influências das ideias aristotélicas. Os principais temas eram a existência de Deus, a separação do finito do infinito, a diferença entre a razão e a fé, a hierarquia dos seres, e principalmente, claro, a superoridade do poder da igreja em relação aos reis.

Seus principais representantes foram Abelardo, Duns Scoto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Guilherme de Okham, Roger Bacon, São Boaventura, Avicena, Averróis, Alfarabi, Algazáli, Maimônides, Nahmamides, e Yeudah Ben Levi. (cruz credo!)

 O ideal filosófico desse período foi basicamente religioso. Destacou a subordinação do pensamento racional ao princípio da autoridade exercida pela igreja.