quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estudando TGA - O papel do administrador

O administrador tem um papel complexo, de características funcionais e culturais dentro das organizações, e esse tipo de abordagem será devidamente analisado mais adiante. De início, precisamos saber identificar as habilidades e competências básicas de um bom administrador.

Habilidades

As habilidades do líder foram divididas, para efeitos didáticos, em três, que se aplicam com mais e menos intensidade de acordo com os parâmetros estruturais da empresa, conforme a figura:



As habilidades conceituais são mais exigidas no nível da cúpula administrativa, e possibiitam ao administrador a abstração de ideias, para fixar metas, estabelecer conceitos e antever situações. É a habilidade necessária para enxergar o "todo" da empresa, e compara-se a um passeio de helicóptero, onde se pode ver toda a cidade, e observar aspectos antes não percebidos. Por outro lado, assim como do helicóptero fica mais difícil enxergar detalhes, as habiidades mais técnicas, referentes às peculiaridades da organização, são menos exigidas.

As habilidades humanas são requeridas na administração da alta cúpula, mas não com tanta intensidade quanto no nível intermediário da hierarquia da empresa. Cabe aos profissionais aí alocados, ser um canal de comunicação entre os níveis conceitual e operacional, realizando um difícil e complexo trabalho de intermediação. Por isso, as habilidades humanas são tão importantes, pois elas possibilitam a cooperação e a comunicação, entre outras ações, para se alcançar o bem comum.

As habilidades técnicas são mais exigidas no nível operacional da empresa, e constitui metodologias de trabalho e aplicação mais específica à produção do bem ou à prestação dos serviços oferecidos pela empresa. Na verdade, as habilidades técnicas são a base de operação de toda organização.

Competências

Conhecimento - know-how, saber. É a competência básica, a teorização objetivando sedimentar os próximos passos.

Perspectiva - saber fazer, ou seja, saber aplicar o conhecimento à situação que se apresenta.

Atitude - saber fazer acontecer, proatividade, empreendedorismo, liderança e comunicação. é considerada por Chiavenato a competência mais importante para um administrador.

Estudando TGA - Um mundo organizado

Peter Drucker disse vivemos em uma sociedade de organizações.
A sociedade se apoia, desde as suas bases, em instituições organizacionais, sendo estas das mais diversificadas naturezas. Ninguém consegue viver sem as organizações. As pessoas nascem em hospitais, são educadas nas escolas, frequentam shoppings, supermercados, padarias e cinemas. Trabalham em indústrias, comércios e interagem de diversas maneiras com o mercado. Utilizam serviços de saúde, transporte, distribuição de energia e tratamento de água. Algumas trabalham em ONGs ou se filiam a partidos políticos. Algumas, são participantes em igrejas. E todas, assim como nasceram, quando morrerem estarão em organizações - os cemitérios. Não há escapatória. As organizações são característica intrísseca da atividade humana no planeta.
Mas a recíproca é verdadeira. Similarmente, as organizações também dependem das pessoas. Elas foram criadas por pessoas e para as pessoas, delas dependem para o seu funcionamento e para o seu sucesso. Sem as pessoas, não há motivo para a existência de organizações.
Pode-se, assim, falar de um sistema de dependência mútua.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Para entender... Filosofia Contemporânea

A Filosofia Contemporânea é contada a partir do século XIX até os dias de hoje. Seu contexto histórico é abrangente, e remonta à queda de Napoleão, às Guerras Mundiais, à Independência e República do Brasil, ao desenvolvimento acelerado da tecnologia e à globalização, entre outros tantos eventos mundiais importantes.

A ciência é tida como tema central dos debates filosóficos, com destaque para os efeitos sociais causados pelas mudanças das últimas décadas. Os ideais políticos revolucionários do século XIX deram lugar à desconfiança no século seguinte, e o mesmo aconteceu com a tese da maioridade da razão, contestada Marx, que revelou a fragilidade da mente humana frete às realidades de manipulação social. Dessa forma, novam,ente a Filosofia teve que abrir margem pra questionar a capacidade do humano de compreender a realidade em sua plenitude, de maneira livre de influências. Os principais campos de estudo da Filosofia Contemporânea são: Metafísica, Lógica, Ética, Política, História da Filosofia, Filosofia da Linguagem, Filosofia da História, Filosofia Estética, e com destaque a Epistemologia.

A definição da Filosofia Contemporânea acaba se tornando vaga e incompleta, pois ela ainda está em processo de formação. As expectativas futuras compreendem a estruturação de uma sociedade mais crítica, consciente de seu poder de transformação da realidade, do seu direito à vida e à expressão, ao acesso ao conhecimento e ao exercício da liberdade. Tal esperança nos foi herdada da experiência adquirida no longo caminho percorrido pela mãe de todas as ciências, a Filosofia.

Para entender... Filosofia Iluminista

Logicamente, a Filosofia Iluminista é assim chamada por causa do movimento social-político-ideológico francês de mesmo nome. Surgiu no século XVIII e permaneceu até o início do século seguinte. Os principais movimentos históricos, todos ligados ao Iluminismo, foram: Substituição do absolutismo pelo despotismo esclarecido, Revolução Francesa, Revolução Industrial, independência dos Estados Unidos, Inconfidência Mineira, consolidação do capitalismo industrial e surgimento do proletariado.

Foi um período em que buscava-se lutar contra o absolutismo e contra tudo o que limitasse a atuação humana. Priorizava as luzes da verdade, em detrimento às trevas da ignorância, e baseava seus princípios na razão, em vez de no empirismo. Direitos humanos, cultura, conhecimento e liberdade são valores altamente valorizados no Iluminismo e na sua Filosofia. Os filósofos acreditavam que a razão era a única forma de atingir o conhecimento, e as informações recolhidas pelos sentidos humanos eram a matéria prima para o trabalho de racionalização.


Voltaire e Rousseau
Os principais nomes ligados ao movimento são: Hume, Voltaire, D'Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling.

As suas grandes realizações foram o combate ao absolutismo e à influência castradora da igreja e das tradições, e a forte influência que exerceu sobre toda a sociedade mundial, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, que gerou na humanidade a esperança de, por meio da razão e da ciência, alcançar a felicidade e a plenitude.

Para entender... Filosofia Moderna

A Filosofia Moderna tem esse nome porque buscou no "novo", na modernidade, a solução para superar de uma vez por todas as marcas do ceticismo deixadas pelos longo anos medievais. Influenciada pelo Grande Racionalismo Clássico, privilegiou as verdades factíveis da razão.

Descartes
Surgiu entre os séculos XVII e XVIII, época marcada pelo absolutismo, pelo desenvolvimento da literatura francesa, pelo aparecimento do estilo Barroco e pela fundação da física moderna.

As principais mudanças filosóficas se referem às mudanças teóricas do pensamento, para: 1) O homem como sujeito do conhecimento; 2) A representação intelectual das coisas exteriores como forma de estudo do objeto do conhecimento; e 3) As noções do sistema de causas e efeitos estabelecidos por Galileu, que deu origem a várias ramificações do pensamento moderno.

Seus principais representantes foram Francis Bacon, Descartes, Galileu,
Pascal, Hobbes, Espinosa, Leibniz, Malembranche, Loke, Berkley, Newton e Gassedi.

A grande contribuição filosófica desse período foi a racionalização dos ideais tecnológicos, humanos e políticos, e o reconhecimento da capacidade humana de absorver conhecimento a respeito de si mesmo e das coisas que o cercam.

Para entender... Filosofia da Renascença

Surgiu entre os séculos XV e XVI, numa época conhecida como Renascença, que influenciou não apenas a filosofia, mas seus ideiais foram determinantes também nas artes, na política e em toda a sociedade. Esse foi um período de transformação cultural na mentalidade da sociedade europeia, durante a passagem do feudalismo para o capitalismo mercantil, a ascensão da burguesia e o descobrimento de novos continentes, além das reformas religiosas (luteranismo, calvinismo, anglicanismo). 

Influência humanística na arte
Contrariamente às Filosofias Patrística e Medieval, a Filosofia da Renascença liberta-se do jugo da Igreja, baseando seus princípios na racionalização e na ciência. Outro diferencial é que passa da teologia para o antropocentrismo, focando no ser humano ao invés da espiritualidade por si só. Sendo assim, ocorre a revalorização da filosofia greco-romana. Revela-se, desta forma, uma filosofia revolucionária, por ser contra os poderes da Igreja e do Imperialismo.

Seus principais representantes foram Dante, Marcílio Ficino, Giordano Bruno, Campanella, Maquiavel, Montagne, Erasmo, Tomás Morus, Jean Bodin, Kapler e Nicolau de Cusa.

O principal legado da Filosofia da Renascença foi, sem dúvida, a libertação do pensamento filosófico da rédea religiosa, e a valorização do homem como sendo um microcosmo, ou seja, um pedaço do maravilhoso universo, com a mesma capacidade transformadora, por meio de sua criatividade e liberdade.

Para entender... Filosofia Escolástica

A Filosofia Escolástica tem esse nome por ter sido ensinada nas escolas fundadas por Carlos Magno. Também é chamada de Filosofia Medieval, por causa do seu contexto histórico, no período da idade média. Abrangeu os séculos de VIII a XV, e muita coisa aconteceu nesse período: o surgimento do feudalismo, as famosas cruzadas, o aparecimento das universidades, a guerra dos Cem Anos, o declínio do feudalismo e a formação das cidades livres, entre outros tantos marcos históricos da humanidade. Principalmente durante o feudalismo, a igreja era a maior detentora dos poderes da sociedade, e exercia-os de forma opressiva na sua atuação politica e estatal.

S. A. Magno
Escolástica era a filosofia ministradas nas escolas de catedrais e conventos, e posteriormente nas universidades. Seu objetivo maior continuou sendo compatibilizar a fé com a razão. Utilizava-se o método da disputa para debater o pensamento, no qual se discorria sobre uma tese fundamentando os argumentos em bases bíblicas ou filosóficas. Recebeu fortes influências das ideias aristotélicas. Os principais temas eram a existência de Deus, a separação do finito do infinito, a diferença entre a razão e a fé, a hierarquia dos seres, e principalmente, claro, a superoridade do poder da igreja em relação aos reis.

Seus principais representantes foram Abelardo, Duns Scoto, Escoto Erígena, Santo Anselmo, São Tomás de Aquino, Santo Alberto Magno, Guilherme de Okham, Roger Bacon, São Boaventura, Avicena, Averróis, Alfarabi, Algazáli, Maimônides, Nahmamides, e Yeudah Ben Levi. (cruz credo!)

 O ideal filosófico desse período foi basicamente religioso. Destacou a subordinação do pensamento racional ao princípio da autoridade exercida pela igreja.

Para entender... Filosofia Patrística

A filosofia Patrística nasceu entre os primeiros sete séculos depois de Cristo, no período da Idade Média, quando a igreja era detentora de poderes políticos e coercivos na sociedade. Aconteceu qe, o grande império Romano foi conquistado pelos bárbaros europeus e então surgiram os desafio gerados pelo conflito entre a religião do Império Bizantino e a famigerada fliosofica greco-romana. Sendo assim, o principal objetivo da filosofia Patrística era encontrar um concílio entre a fé e a razão.

Santo Agostinho
Ela tem esse nome porque os seus principais pensadores eram os chamados "pais da igreja", dentre os quais destacam-se Justino, Tertualiano, Atenágonas, Orígenes, Clemente, Eusébio, Santo Ambrósio, São Gregório Nazianzo, São João Crisóstomo, Isido de Servilha, Santo Agostinho, Beda e Boécio.

Para atingir seu difícil objetivo, o pensamento patrístico levou ao conhecimento das pessoas os conceitos de criação do mundo, concepção do pecado, apocalipse, consciência moral, livre arbítrio, etc. Se apegavam na necessidade de defender a fé cristã perante os pagão e converte-los.

O principal ideal deixado para a filosofia foi a criação do conceito de dogma, uma verdade inquestionável irrefutável, para defender os princípios cristãos, sequenciando na separação das idéias divinas - a fé - e do conhecimento humano - a razão. Assim, cada assunto seria tratado devidamente no âmbito de sua natureza, fosse ela física ou espiritual.

Para entender... O que Matrix tem a ver com filosofia

Esta semana, faremos uma comparação entre as propostas filosóficas de Sócrates e de Platão e aplicá-las à interpretação do filme Matrix.
Obviamente, interpretação é algo de cunho pessoal e por isso, a minha intenção aqui não é limitar a sua resposta, mas nortear a sua linha de pensamento, que espero, vá bem além!
Então? Pronto? Vamos lá!


Imagem: Divulgação
Matrix e a Filosofia
A concepção platônica da realidade indica a existência de dois mundos: o que é perfeito, real, constante, onde reina a verdade absoluta e de onde se originam as ideias - o mundo inteligível; e o que não passa de uma mera reprodução imperfeita e efêmera - assim como sobras de imagens - o mundo sensível. 
Matrix correlaciona a realidade virtual manipulada por computadores com o mundo sensível, que é enganoso e incompleto. Perceber falhas na Matrix (ter um dejavu), encontrar nela limitações e regras que "podem ser quebradas ou ignoradas", equivale a desmascarar a simulação, e a compreender a existência de algo maior, mais perfeito, mais real do que aquele mundo onde as pessoas estão mentalmente presas.

O verdadeiro mundo, no filme - comparável ao mundo inteligível de Platão - não é agradável nem bonito, mas mostra-se "perfeito" por ser real. Assim como Platão, o roteirista do filme define a realidade mais verdadeira por ser expressa em liberdade. O conceito de perfeição expressa-se, ainda, por nele não ser possível ignorar leis naturais (por exemplo, a morte ou a lei da gravidade), e também por as pessoas poderem ter opção de fazer escolhas por si mesmas, utilizando de livre arbítrio (como Cypher, que optou por trair seus amigos).
A beleza do mundo de ilusões, similarmente ao conceito de Platão, está no que se pode sentir: os cheiros, os sabores, o prazer. E são exatamente essas sensações que ludibriam toda a humanidade, escravizada sem nem ao menos se dar conta. Se eles podem sentir, para eles é real. A escolha de Cypher ilustra a fraqueza humana frente ao desejo de conforto e felicidade, que para ele, é bem atendido pela Matrix. Para Cypher, o que os olhos não veem, o coração não sente, e ele usa de sua liberdade para escolher abster-se dela. Embora mal sucedido, Cypher pôde fazer sua opção. 
O nome de Cypher tem uma significação condizente com a sua função na estória: cifra, ou zero. Ele vendeu-se e entregou seus amigos, assim como Judas Iscariotes, na paixão de Cristo. O número zero contrapõe-se ao número um -  anagrama traduzido para Neo, o heroi da trama - e, juntos, zero e um formam os algarismos do código binário, a linguagem dos computadores.

Morpheu representa o escravo que se libertou da prisão subterrãnea no mito da Caverna, de Platão. Ele traduz a responsabilidade pedagógica do filósofo: passar a infomação a diante, ensinar e libertar mais pessoas. Neo é conduzido por ele e aprende, gradualmente, a libertar-se das limitações que lhe haviam sido impostas desde o nascimento, e percorre o árduo caminho que lhe foi predito pelo oráculo. Apaixona-se por Trinity e chega a ser conduzido por ela no momento do climax da trama. Juntos, Morpheu Neo e Trinity representam pai, filho e espírito santo, em evidente referência religiosa.

Sócrates empresta sua filosofia muito claramente ao flme, quando o oráculo aponta a Neo sua frase mais famosa: "Conhece-te a ti mesmo". Com essa expressão, Sócrates sugere o autoconhecimento e indica os passos necessários para tal objetivo, segundo a maiêutica - primeiro, libertar-se dos preceitos, das mentiras, e depois, trazer à luz seus próprios conceitos, em liberdade.
Neo passa por tais elapas com muito sofrimento e dor - física e psicológica - e tal passagem é vividamente representada nas cenas que aludem ao traumático momento do nascimento humano. Com o auxílio dos amigos - os ensinamentos de Morpheu e a fé de Trinity, Neo consegue autoafirmar-se como "o escolhido" parte rumo ao seu ápice racional, onde consegue parar projéteis de armas e até mesmo voar.

Claro que, de forma caricaturada, o objetido final do filme é mostrar as imensas possibilidades da mente humana, quando liberta das limitações impostas pelos preconceitos e alimentadas pelo comodismo. Ao tornar-se crítico, o ser humano deixa de lado a alienação e passa a pensar com mais clareza e autenticidade, o que lhe confere como que "super-poderes".

Este texto, como dito anteriormente, é limitado e muitíssimo resumido. Convido o leitor a aprofundar-se com base nestas poucas orientações básicas. Seguem algumas perguntas para ajudar-lhe a filosofar mais a respeito:

Será que estamos prontos para enfrentar a realidade?


Estamos sendo usados?




Procure responder a essas perguntas pensando na nossa fraqueza humana, nas influências sociais, na mídia, na sociedade...

Espero ter ajudado, pessoal.
Abraço a todos!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Dica: Cursos On Line

Oi, galera

A FGV - Fudação Getúlio Vargas tem um dos mais conceituados cursos de graduação em administração, e um dos mais concorridos (e caros!) cursos de MBA.
No site, vc pode se cadastrar e escolher cursos gratuitos que a FGV oferece ao público em geral. no final do curso, você faz uma prova (também on line) e, se tirar o mínimo de 7 pontos, recebe o certificado na hora, digitalizado e com assinatura eletrônica registrada.
Eu fiz o de Ética Empresarial e adorei! A metodologia é ótima, a linguagem é simples e a gente realmente aprende de forma muito eficaz.
Bacana para quem deseja acumular mais conhecimento e não tem muito tempo (e grana) para fazer um curso presencial, numa instituição de gabarito.

Se liga nos cursos oferecidos:
Tópicos temáticos introdutórios na área de Gestão Empresarial - carga horária de 5h:
  • Balanced Scorecard
  • Conceitos e Princípios Fundamentais do Direito Tributário
  • Consultoria em Investimentos Financeiros
  • Direito do Trabalho - Contratação do Trabalhador
  • Fundamentos da Gestão de Custos
  • Gestão de Pessoas - Motivação nas Organizações
  • Processo de Comunicação e Comunicação Institucional
  • Estratégia de Empresas - Introdução à Administração Estratégica
  • Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável - História da Questão Ambiental
  • Gestão de Marketing - Produto, Marca, Novos Produtos e Serviços
  • Gestão da Tecnologia de Informação - TI nas Organizações: Estratégia e Conceitos
  • Técnicas de Gerência de Projetos - Gerenciamento do Escopo de Projetos

Tópicos Temáticos Introdutórios na Área de Metodologia - carga horária de 5h:
  • Metodologia de Pesquisa - Conhecimento, Saber e Ciência
  • Metodologia do Ensino Superior - Universidade e Sociedade

Cursos em Áreas de Conhecimento Diversas - carga horária 15h:
  • Ciência e Tecnologia
  • Diversidade na Organização
  • Ética Empresarial

Além desses cursos alistados, a FGV também oferece curos para professores do Ensino Médio e um Quiz muito legal sobre o novo acordo ortográfico. 

Para obter mais informações, clique aqui

Até a próxima!

Fonte: site da FGV

Para entender... o mundo das ideias de Platão

O projeto filosófico de Platão era centralizado na natureza e sua origem. A concepção platônica a respeito da realidade é muito discutida até hoje, e aplicada de várias formas diferentes. Antes de vermos as possibilidades de aplicação, temos que entender bem o conceito em si.

Para Platão, a realidade se divide em duas: o mundo sensível e o mundo inteligível.

O mundo sensível

Platão considerava o mundo sensível, esse no qual podemos tocar, cheirar, saborear, ouvir, enfim sentir, um mundo imperfeito e enganoso. Devido à sua natureza dinâmica, o mundo sensível flui em um movimento de transformação contínua, mudando a todo instante.
"Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio, e não se pode tocar duas vezes uma substância mortal no mesmo estado; por causa da impetuosidade e da velocidade da mutação, esta se dispersa e se recolhe, vem e vai" - 91 - Dels-Kranz
Sendo assim, na concepção de Platão, o mundo sensível não era confiável, e consistia em nada além de uma mera projeção da verdadeira realidade - o mundo das ideias.

O mundo das ideias

O mundo perfeito, atingível apenas mediante o racicínio, é o mundo das ideias de Platão. Onde se  encontram todas as informações a respeito de tudo o que existe, em sua plenitude, livre da corrosão e do tempo. No mundo sensível, uma galinha é mortal e deixa de existir. Mas, no mundo inteligível - como também é chamado o mundo das ideias - a ideia de galinha nunca se corromperá: sempre saberemos como é uma galinha.  
Assim, àquela velha pergunta, sobre quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha, Platão responderia: nenhum dos dois! o que veio primeiro foi a ideia de galinha... (profundo, não?)
Bem, para ilustrar a diferença entre o mundo sensível e o mundo inteligível com (muito) mais competência do que eu, Platão criou o Mito da caverna.
"O Mito da caverna
Imagine uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisioados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás e nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que possa, na semi-obscuridadem enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros, no exterior, portanto, há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens tranportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportavam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, eles não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado?

Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outro seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Emboa dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria completamente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está conteplando a própria realidade.
Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro retornaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria liberta-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silencia-lo com suas caçoadas, tentariam faze-lo enpancando-o, e se mesmo assim ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por mata-lo." - Convite à Filosofia, Chauí
Para Platão, a visão que temos limitada ao mundo sensível é tão incompleta e imperfeita quanto as sombras de estatuetas projetadas na parede da caverna.
Além de dar uma ilustração aos seus conceitos, no Mito da caverna, Platão faz referência à função pedagógica do filósofo, que após atingir a verdade, retorna às trevas para proporcionar liberdade aos prisioneiros. Também, faz alusão à morte trágica de seu mestre, Sócrates, que foi condenado à morte por divulgar sua filosofia.

Nos próximos posts, veremos algumas possibilidades de aplicação dos conceitos platônico e socrático.

Para entender... a maiêutica de Sócrates

LIBERDADE - AUTOCONFIANÇA - VIRTUDE

Sócrates teve como projeto filosófico o ser humano e a busca pela verdade. Ele acreditava que, ao dar-se conta de que era capaz de gerar suas próprias idéias, o indivíduo alcançaria a virtude. Mas, para que isso acontecesse, seria preciso que, antes de qualquer coisa, o mesmo se libertasse da limitação imposta pelos conceitos pré-concebidos.

Por isso, num primeiro momento, a maiêutica induz ao confrontamento, com a finalidade de apontar as falhas conceituais do antigo modo de pensar da pessoa, para que esta possa reconhecer a sua própria ignorância e abrir a mente para novas possibilidades.

Após a destruição dos velhos paradigmas, o próximo passo consiste em questionamentos, no intuito de conduzir a pessoa num processo de identificação de seu próprio eu, à sua maneira, e de acordo com seus próprios conceitos. Vem à tona, então, a verdade, que no conceito socrático, é mais real por ser expressa em liberdade.

Sabe-se que a mãe de Sócrates era parteira, e ele comparava a maiêutica com essa profissão, a de - não conceber, mas ajudar, facilitar o trabalho de - trazer à luz as verdadeiras idéias da pessoa, e, porque não dizer, uma nova vida!

Esse é o objetivo da maiêutica socrática: destruir velhos conceitos e abrir a mente para a aceitação do seu próprio eu, o que conduz a pessoa ao autoconhecimento.

O valor do autoconhecimento está na sua consequência imediata: a autoconfiança. Por meio dela, o ser humano passa a ser capaz de reconhecer tanto seus limites quanto suas capacidades, e começa a dar vazão à virtude.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Olá pessoal!

Em breve, será dado start no Gengibre, com posts de pesquisas, imagens e textos sobre assuntos diversos.
Aceito, de bom grado, sugestões e comentários.
Bom proveito e até logo!